O QUE VISTAR

O Mosteiro de Santa Maria da Vitória, também designado Mosteiro da Batalha é, indiscutivelmente, uma das mais belas obras da arquitetura portuguesa e europeia.

Este excecional conjunto arquitetónico resultou do cumprimento de uma promessa feita pelo rei D. João I, em agradecimento pela vitória em Aljubarrota, batalha travada em 14 de agosto de 1385, que lhe assegurou o trono e garantiu a independência de Portugal.

As obras prolongaram-se por mais de 150 anos, através de várias fases de construção. Esta duração justifica a existência, nas suas propostas artísticas, de soluções góticas (predominantes) manuelinas e um breve apontamento renascentista. Vários acrescentos foram introduzidos no projeto inicial, resultando um vasto conjunto monástico que atualmente apresenta uma igreja, dois claustros com dependências anexas e dois panteões reais, a Capela do Fundador e as Capelas Imperfeitas.

D. João I doou-o à ordem de S. Domingos, doação a que não foram alheios os bons ofícios do Doutor João das Regras, chanceler do reino, e de Frei Lourenço Lampreia, confessor do monarca.

Na posse dos dominicanos até à extinção das ordens religiosas em 1834, o monumento foi depois incorporado na Fazenda Pública, estando hoje na dependência da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), assumindo-se como um espaço cultural, turístico e devocional.

Monumento nacional, integra a Lista do Património da Humanidade definida pela UNESCO, desde 1983.

The Monastery of Santa Maria da Vitória – Monastery of Batalha

The Monastery of Santa Maria da Vitória, also known as the Monastery of Batalha is without doubt one of the most beautiful examples of Portuguese and European architecture.

This dazzling architectural ensemble was born out of a promise the King, João I, made in thanks for his victory at Aljubarrota, a battle fought on August 14, 1385, which assured him the throne and guaranteed independence for Portugal.

The construction took over 150 years, across various phases. This is the reason why one can find not only gothic style (for the most part), but also manualine style and some renaissance touches. A number of alterations were made to the initial project, resulting in a vast monastic complex that today includes a church, two cloisters with annexed dependencies and two royal pantheons, the Founder’s Chapel and the Unfinished Chapels.

King João I gave it to the order of Saint Dominic, under the good auspices of Doctor João das Regras, chancellor of the kingdom, and Friar Lourenço Lampreia, confessor of the monarch.

In the Dominicans’ possession until the extinction of the religious orders in 1384, the monument was then incorporated within the Public Exchequer, and today it is a cultural, touristic and devotional Monument under the jurisdiction of IGESPAR, national Monument also declared World Heritage by UNESCO, in 1983.

Obra arquitetónica de características singulares, o Castelo de Porto de Mós viveu várias fases, sendo, na sua génese, uma fortaleza que tinha por principal missão o controlo e a vigilância sobre as principais vias que atravessavam o Maciço Calcário Estremenho, ligando o Médio Tejo e a Alta Estremadura.

O castelo com a planta atual resulta da construção atribuída a D. Sancho I, em 1200, altura em que as incursões muçulmanas em território ocupado pelos cristãos ainda se faziam sentir. Antes desta edificação, deveria haver uma atalaia muçulmana, certamente de menores dimensões e que passou para mãos cristãs presumivelmente em 1147, em virtude do processo de conquista vindo de norte, comandado por D. Afonso Henriques.

Ao longo dos séculos, o castelo acumulou influências militares, góticas e renascentistas. Apresenta planta pentagonal com torreões de reforço nos ângulos e uma quinta torre atualmente pouco percetível no conjunto edificado. Esta quinta torre resultou das obras de beneficiação promovidas por D. Dinis e destinou-se a conferir maior conforto à fortaleza que, com a sua vila, o rei concedeu a Isabel de Aragão, sua esposa. Os dois torreões que compõem a fachada principal são encimados por coruchéus, com acabamento de cerâmica verde, supostamente por relação com a cor de Afonso, IV Conde de Ourém.

Na véspera da Batalha de Aljubarrota, em 1385, o castelo cumpre a sua última “missão militar”. Aqui e na vila se aquartela o exército português. Na sequência da batalha, D. João I doa o condado de Porto de Mós a D. Nuno Alvares Pereira que, anos mais tarde, o lega ao seu neto D. Afonso, IV Conde de Ourém. Este acrescentou-lhe conforto, salubridade e todo um conjunto de pormenores decorativos inspirados num renascimento italiano emergente que conferem à fortaleza o aspeto apalaçado que conhecemos hoje.

O abandono e terramotos como o de 1755 provocaram a ruína do castelo. A classificação de 1910 como Monumento Nacional e as campanhas de reconstrução e restauro de 1936 a 1960 fizeram ressurgir o castelo. Nos anos 90 do século XX, nova intervenção conferiu-lhe melhores condições de acolhimento. Recentemente, o monumento foi dotado de maior acessibilidade.

An architectural work of singular characteristics, the Castle of Porto de Mós went through several phases, being, in its genesis, a fortress whose main mission was to control and monitor the main roads that crossed the Estremenho Limestone Massif, connecting the Middle Tagus and Upper Extremadura.

The castle with its current plan results from the construction attributed to D. Sancho I, in 1200, when the Muslim incursions into territory occupied by Christians were still being felt. Before this construction, there should have been a Muslim watchtower, certainly smaller and that passed into Christian hands, presumably in 1147, due to the process of conquest from the north, commanded by D. Afonso Henriques.

Over the centuries, the castle has accumulated military, Gothic and Renaissance influences. It has a pentagonal plan with turrets at the corners and a fifth tower that is currently barely perceptible in the building complex. This fifth tower resulted from the improvement works promoted by D. Dinis and was intended to give greater comfort to the fortress that, with its town, the king granted to Isabel de Aragão, his wife. The two turrets that make up the main façade are surmounted by spires, with a green ceramic finish, supposedly due to the color of Afonso, IV Count of Ourém.

On the eve of the Battle of Aljubarrota, in 1385, the castle fulfills its last “military mission”. Here and in the village the Portuguese army is stationed. Following the battle, D. João I donates the county of Porto de Mós to D. Nuno Alvares Pereira who, years later, bequeaths it to his grandson D. Afonso, IV Count of Ourém. This added comfort, health and a whole set of decorative details inspired by an emerging Italian renaissance that give the fortress the palatial appearance we know today.

Abandonment and earthquakes like the one in 1755 caused the castle to be ruined. The 1910 classification as a National Monument and the reconstruction and restoration campaigns from 1936 to 1960 brought the castle back to life. In the 90s of the 20th century, a new intervention gave it better reception conditions. Recently, the monument has been given greater accessibility.

Vindo da cidade, o turista entra no Castelo de Leiria pela Porta da Albacara. No interior do recinto defensivo, muito bem conservado, iremos encontrar vários motivos de interesse: a Igreja de Nossa Senhora da Pena, os antigos Paços Reais, a Torre de Menagem e sobretudo a bela vista sobre a paisagem envolvente.

Este conjunto arquitectónico relembra a origem medieval da cidade, quando em 1135 foi conquistada por D. Afonso Henriques. Na altura, o primeiro rei de Portugal mandou construir uma pequena capela dedicada a Nossa Senhora da Penha e entregou este reduto militar a D. Paio Guterres, o primeiro Alcaide de Leiria. As muralhas seriam reforçadas apenas no final do século, pelo rei D. Sancho I, depois da conquista definitiva pelos cristãos.

Longe da sua função inicial, o Castelo voltou a ter importância na história da cidade no início do séc. XX, quando foi alvo de um inovador restauro por Ernesto Korrodi e pela Liga dos Amigos do Castelo, cujas iniciativas marcaram a paisagem urbana de Leiria. Seguidor tardio do espírito romântico e esforçado em recuperar o imaginário medieval, Korrodi defendeu a devolução da imponência histórica ao monumento, que tinha antes do abandono a que foi votado ao longo dos séculos.

Actualmente, o recinto amuralhado é um agradável espaço de passeio que se transformou o ex-libris de Leiria, “observando” do alto do morro a evolução da cidade.

Leiria Castle

Coming up from the city, visitors enter Leiria Castle through the Albacara Gateway. Inside this defensive bastion, there are various historical points of interest that have been well preserved. They include the Church of Nossa Senhora da Pena, the former Royal Palaces and the Keep in addition to wonderful views out over the surrounding countryside.

The architecture clearly indicates the medieval origins of this city. It was conquered by the first king of Portugal Afonso Henriques in 1135. He ordered a small chapel be built in honour of Our Lady of Mercy before handing over this military stronghold to Paio Guterres, the first governor of Leiria. Towards the end of the century, the castle walls were reinforced by king Sancho I after the region was finally secured by the Christian crusaders.

Far removed from its original role, the Castle again took on a prominent role in the city’s history at the beginning of the 20th century. It was innovatively restored by Ernesto Korrodi and the Liga dos Amigos do Castelo (League of Castle Friends). Together, they did much to improve Leiria’s urban landscape.

Currently, the walled enclosure is ideal for a historical stroll and a centre-piece of Leiria providing a vantage point for looking out over the city’s history and development

Local carregado de história, a Aldeia da Pia do Urso oferece aos visitantes uma paisagem natural verdadeiramente deslumbrante, onde poderá apreciar também o magnífico trabalho de restauro das habitações típicas desta região serrana, em que a pedra e a madeira se constituem como os principais materiais utilizados.

Nesta aldeia recuperada, está também instalado o primeiro ECOPARQUE SENSORIAL destinado a Invisuais de Portugal.

Um conceito inovador, que pretende levar até estes cidadãos a possibilidade da apreensão do meio envolvente que os rodeia utilizando, para o efeito, os restantes sentidos, particularmente o tato e o olfato.

Pia do Urso Village

This local is full of history. Pia do Urso Village offers visitors a truly breathtaking natural landscape, where you can also enjoy the magnificent restoration work of the typical houses of this mountain region, where stone and wood are constituted as the main materials used.

This restored village, is also installed the first ECOPARQUE SENSORY for the Blind of Portugal.

An innovative concept, which aims to take up these citizens the possibility of the seizure of the environment around them using, for this purpose, the other senses, especially touch and smell.

As Grutas da Moeda situam-se em S. Mamede, concelho da Batalha, apenas a 2 km de Fátima. A sua descoberta aconteceu em 1971, por dois caçadores que perseguiam uma raposa que se terá refugiado num algar existente no meio do bosque. Movidos pela curiosidade, entraram e percorrendo o seu interior aperceberam-se da sua beleza natural, com galerias repletas de inúmeras formações calcárias.

Durante vários meses o local foi sendo explorado pelos dois homens, permitindo a descoberta de várias galerias que se viriam a revelar de interesse científico e turístico e que hoje fazem parte da área visitável da gruta. Posteriormente, uma equipa de geólogos e espeleólogos confirmou o seu interesse científico, havendo desde esta fase e até aos dias de hoje, uma profunda preocupação na preservação rigorosa da gruta e de toda a área envolvente.

A Lenda da Moeda

Segundo a tradição, em tempos idos, um homem abastado destas redondezas ao passar por um bosque, em torno de um algar, foi assaltado por um bando de malfeitores que lhe tentaram saquear a bolsa de moedas que trazia à cintura. Com a confusão do assalto, o homem caiu para dentro do algar, levando consigo a bolsa de moedas tão cobiçada pelos assaltantes. Pelo precipício se espalharam e perderam irremediavelmente as moedas, dando ao algar o nome pelo qual ainda hoje é conhecido – Algar da Moeda.

Coin Caves

The Grutas da Moeda (Coin Caves) is located in S. Mamede, municipality of Batalha, only 2km from Fátima. They are part of a limestone Massif called the “Maciço Calcário Estremenho”, being of its main touristic attractions. Its discovery happened in 1971. As two hunters while chasing a fox, saw it enter by one natural hole under the bushes. Moved by curiosity, they decided to enter in the galleries full of beautiful limestone formations. Then they realized about its natural beauty.

For some months, the two men kept exploring, reaching the galleries which revealed to be very interesting for scientific exploration and touristic exploitation. These same galleries are actually what we visit today. Later, a group of geologists and speleologists confirmed the Caves’ scientific importance. Along the years, the main concern was and still is to preserve rigorously, not only the Caves, but also its surrounding.

“Lenda da Moeda” (Legend relating to the name of the Coin Cave)

According to the oral tradition, many years ago, a wealthy man from this region, passing through the woods, around a sinkhole, was attacked by a gang of criminals who tried to loot the bag of coins he was carrying at the waist. With the struggle of the assault, the man fell into a sinkhole, carrying the bag of coins coveted by the burglars. Through the sinkhole were hopelessly spread the lost coins, giving the sinkhole the name which it is known today – Algar da Moeda (Coin Sinkhole).

O Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Fátima dá expressão ao pedido de Nossa Senhora do Rosário, aludido já em 13 de agosto de 1917 e expressamente indicado na aparição de 13 de outubro desse ano a Lúcia de Jesus, Francisco Marto e Jacinta Marto: «Quero dizer-te que façam aqui uma capela em minha honra, que sou a Senhora do Rosário» (Primeira Memória da Irmã Lúcia). A capelinha foi erguida em 1919 no local das aparições de 1917 na Cova da Iria e, desde então, o espaço do Santuário foi sendo edificado, em resposta ao significativo afluxo de peregrinos.

O Santuário de Fátima é local de peregrinação, que faz memória do seu acontecimento fundante, as aparições de Nossa Senhora aos três pastorinhos. O acolhimento pastoral dos peregrinos é elemento primordial da sua missão.

O Santuário de Fátima custodia a mensagem do acontecimento de Fátima. É sua missão o estudo e a difusão desta mensagem, trabalhada como meio de evangelização em Portugal e no mundo.

O Santuário de Fátima é, por vontade expressa da Sé Apostólica, um Santuário Nacional.

The Shrine of our Lady of the Rosary of Fatima is the answer to the call of Our Lady of the Rosary, already alluded to on August 13, 1917 and expressly asked in the apparition of October 13, of that year to Lucia de Jesus, Francisco Marto and Jacinta Marto: «I want to tell you that a chapel is to be built here in my honour. I am the Lady of the Rosary» (Fist Memoir of Sister Lucia). The little chapel was constructed in 1919 in the place of the apparitions of 1917 at the Cova da Iria and, since then, the place of the Shrine was built up, in response to a significant inflow of pilgrims.

The Shrine of Fatima is a place of pilgrimage, which celebrates the memory of its founding event, the apparitions of Our Lady to the three little Shepherds. The pilgrim’s pastoral hospitality is a key element to its mission.

The Shrine of Fatima keeps the memory of the event and the message of Fatima. It has the mission of studying and diffusing this message, worked as a means of evangelization in Portugal and worldwide.

The Shrine of Fatima is, by an expressed will of the Apostolic See, a National Shrine.

A fundação da Abadia de Santa Maria de Alcobaça e respetiva Carta de Couto datam de 8 de Abril de 1153.

Os domínios da Ordem de Cister ficam assim consagrados. Os do Reino de Portugal, com a conquista das cidades de Santarém e de Lisboa, em 1147, avançaram para sul em direção à Linha do Tejo. Este facto, obrigava a um povoamento rápido e eficaz para que a expansão cristã continuasse para sul. O ponto fulcral e irradiador de toda esta dinâmica de povoamento e defesa do território era a própria abadia. A sua construção foi iniciada em 1178.

A importância do Mosteiro de Alcobaça evoluiu num crescendo cultural, religioso e ideológico. A sua monumentalidade é tanto mais evidente quanto mais límpida e austera é a sua arquitetura. Trata-se, de resto, do primeiro ensaio de arquitetura gótica em Portugal: um modelo que ficou sem imediata continuidade e que não foi reproduzido a não ser muito mais tarde, funcionando como um pólo quase isolado, uma jóia branca na paisagem. É lá que podemos encontrar os túmulos de D. Pedro I e D. Inês de Castro, protagonistas de uma lendária história de amor.

Alcobaça Monastery

The complex of Alcobaça Monastery is one of the most notable and best conserved examples of Cistercian architecture and spatial philosophy.

Alcobaça was the last abbey founded in St. Bernard’s lifetime and the first wholly Gothic building in Portugal. The abbey was founded in 1153, when King Afonso Henriques donated the land to Bernard of Clairvaux (St. Bernard).

Construction work on the building as we see it today only began in 1178 and lasted several decades, which is understandable considering the absolutely exceptional dimensions of the project.

The chosen site, set in rich and fertile land, coincided with the Cistercian policy of agrarian development. A special canal system was built to diverting drinking water from the River Alcoa; the hydraulic system is impressive for the technical solutions applied. The whole surrounding region was covered with granges, vineyards, orchards and arable land claimed from forests and marshes by means of assartment.

The transept currently houses the tombs of King Pedro and Lady Inês de Castro.

The monumentality, beauty and purity of Alcobaça Monastery warranted its inscription in the list of UNESCO World Heritage Sites in 1989.

A praia da Nazaré, de clima ameno e com uma beleza natural, tem das mais antigas tradições de Portugal ligadas às artes da pesca. O longo areal em forma de meia-lua, e que é também a frente de mar da cidade, é conhecido pela sua grandeza e pelos toldos de cores vivas que decoram a praia de areia branca em contraste com o azul da água.

Esta é a praia de Portugal onde as tradições da pesca são mais coloridas e não é raro cruzarmo-nos com as peixeiras que ainda usam as sete saias, como manda a tradição.

Virados para o mar, do lado direito, vemos um impressionante promontório. Trata-se do Sítio, onde temos uma das mais conhecidas panorâmicas da costa portuguesa. São 318 metros de rocha a cair a pique até ao mar, a que se chega a pé, para os mais corajosos, ou subindo de ascensor. No alto, encontramos a pequena Ermida da Memória, onde se conta a lenda do milagre que Nossa Senhora fez impedindo o cavalo de um fidalgo, D. Fuas Roupinho, de se lançar no precipício.

Atualmente, a grande atração desta cidade são as ondas e o surf, graças ao “Canhão da Nazaré”, um fenómeno geomorfológico submarino que permite a formação de ondas gigantes e perfeitas. Trata-se do maior desfiladeiro submerso da Europa, com cerca de 170 quilómetros ao longo da costa, que chega a ter 5000 metros de profundidade.

O surfista havaiano Garrett McNamara deu-lhe a visibilidade mundial quando, em 2011, fez a maior onda do mundo em fundo de areia, com cerca de 30 metros, na Praia do Norte, vencendo o prémio Billabong XXL Global BigWave Awards e batendo um record do Guiness Book. À sua semelhança, surfistas de todo o mundo visitam a Nazaré todos os anos para se aventurarem no mar, sobretudo durante o Inverno. Entre Novembro e Março, aguarda-se pacientemente que as maiores ondas se revelem, durante uma longa etapa do campeonato mundial de ondas gigantes, o Nazaré Tow Surfing Challenge. Na praia, os banhos de sol também são apreciados e uma excelente plateia para apreciar as proezas destes jovens.

Para conhecer a Nazaré não se dispensa um passeio descontraído pelas ruas estreitas, perpendiculares à praia, e uma pausa num dos restaurantes para saborear um prato de marisco fresco, peixe grelhado ou uma apetitosa caldeirada. E ao cair da tarde, nada como apreciar o sol poente numa qualquer esplanada com vista para o mar, enquanto as luzes se acendem e anoitece.

Nazaré beach, with its mild climate and natural beauty, has one of the most ancient traditions connected to fishing in Portugal.

The long sandy half-moon shaped beach, which is also the town’s sea front, is known for its grandeur and for the brightly-coloured awnings that decorate the white sandy beaches, contrasting with the blue of the water.

This is the beach in Portugal that retains the more colourful fishing traditions, and it’s not uncommon to encounter fishmongers who still wear the traditional seven skirts.

Facing the sea on the right, you will see an impressive headland. This is Sítio, which provides one of the most famous views of the Portuguese coast. It is a 318 metre rock face with a sheer drop to the sea, and is reached on foot by the bravest, or by going up the funicular. At the top sits the Ermida da Memória chapel, famous for the legend of the miracle that Our Lady made to prevent the horse of the nobleman, D. Fuas Roupinho, leaping over the precipice.

These days, Nazaré’s major attractions are the waves and surfing, thanks to the “Nazaré Canyon”, a submarine geomorphological phenomenon that allows the formation of perfect giant waves. It is the largest underwater canyon in Europe, about 170 kilometres along the coast, reaching a depth of 5,000 metres.

The Hawaiian surfer Garrett McNamara received worldwide publicity when, in 2011, rode the biggest beach-breaking wave in the world, about 30 metres high, at Praia do Norte. He won the Billabong XXL Global BigWave Award and entered the Guinness Book of World Records. Like him, surfers from around the world visit Nazaré every year to venture into the sea. The beach also attracts sunbathers, who provide a great audience to appreciate the stunts of the young surfers.

Take the opportunity of a casual stroll through the narrow streets perpendicular to the beach to get to know Nazaré better. Take a break in one of the restaurants to enjoy a plate of fresh seafood, grilled fish or an appetising bouillabaisse. And in the evening, there’s nothing like enjoying the setting sun on any terrace overlooking the sea, while the lights come on and night falls.

Antiga sede da Ordem dos Templários, Tomar é uma cidade de grande encanto, pela sua riqueza artística e cultural. O expoente máximo está no Convento de Cristo, uma das mais importantes obras do Renascimento em Portugal.

Qualquer que seja o motivo para visitar a cidade, subir ao castelo templário e descobrir a obra monumental do Convento de Cristo é imprescindível. A Charola é a parte mais antiga. Este oratório templário foi construído no séc. XII, assim como o castelo, que na época era o mais moderno e avançado dispositivo militar do reino, inspirado nas fortificações da Terra Santa. Foi transformada em Capela-Mor aquando da reconstrução ordenada por D. Manuel I, no séc. XVI, altura em que o conjunto ganhou o esplendor arquitetónico que ainda hoje se preserva e que lhe justificou a classificação como Património da Humanidade.

A área urbana mais antiga, medieval, organiza-se em cruz, orientada pelos pontos cardeais e tendo um convento em cada extremo. A Praça da República, com a Igreja Matriz dedicada a São João Baptista marca o centro, tendo a oeste a colina do Castelo e do Convento de Cristo. Nas ruas em redor podemos encontrar lojas de comércio tradicional e o café mais antigo onde se podem apreciar as delícias da pastelaria local: queijadas de amêndoa e de chila e as tradicionais Fatias de Tomar, confecionadas apenas com gemas de ovos e cozidas em banho-maria numa panela muito especial, inventada por um latoeiro da cidade em meados do século passado.

Para descansar do passeio cultural, nada como uma pausa no Parque do Mouchão. É um lugar fresco, onde se pode ver a Roda do Mouchão, uma roda hidráulica em madeira. É um ex-libris da cidade e evoca os tempos em que os moinhos, os lagares e as áreas de cultivo ao longo do rio contribuíam para a prosperidade económica de Tomar.

Convent of Christ and Tomar, a Templar City

Former seat of the Order of the Knights Templar, Tomar is a city of great charm for its artistic and cultural wealth, whose greatest expression is in the Convent of Christ, one of the chief works of the Portuguese Renaissance.

Whatever your reason for visiting the city, climbing up to the Templar castle and discovering the monumental work of the Convent of Christ is a must. The Charola (Rotunda) is the oldest part. This Templar chapel was built in the 12th century, like the castle, which was at the time the Kingdom’s most up-to-date and advanced military set-up, inspired by the fortifications of the Holy Land.

To better understand its history, it’s important to know how the Order of the Knights Templar became the Order of Christ, upholding their power, knowledge and wealth in Portugal. The famous Henry, the Navigator, the mentor of the Discoveries, was one of its most important governors and protectors.

Then you must visit Tomar. The oldest mediaeval urban area has a cross-shaped layout, orientated along the points of the compass, with a convent at each end The surrounding streets are lined with traditional shops, including the oldest café where the delights of the local pastries can be appreciated: almond and squash queijadas (cheese cakes) and the traditional Fatias de Tomar (Tomar slices) made with just egg yolks and cooked in a bain-marie in a very special pot, invented by a local tinsmith in the mid-20th century.

For a rest from the cultural tour there’s nothing better than a break in Mouchão Park. This is a cool place where you can see the Mouchão Wheel, a wooden water wheel, which is a landmark of the city and evokes the time when mills, oil presses and farmland along the river all contributed to Tomar’s economic prosperity.

A vila medieval de Óbidos é uma das mais pitorescas e bem preservadas de Portugal.

Suficientemente perto da capital e situada num ponto alto, próximo da costa atlântica, Óbidos teve uma importância estratégica no território. Já ocupada antes de os romanos chegarem à Península Ibérica, a vila tornou-se mais próspera a partir do momento em que foi escolhida pela família real. Desde que o rei D. Dinis a ofereceu a sua esposa D. Isabel, no séc. XIII, ficou a pertencer à Casa das Rainhas que, ao longo das várias dinastias, a foram beneficiando e enriquecendo. É uma das principais razões para se encontrarem tantas igrejas nesta pequena localidade.

Dentro de muralhas, encontramos um castelo bem conservado e um labirinto de ruas e casas brancas que encantam quem por ali se passeia. Entre pórticos manuelinos, janelas floridas e pequenos largos, encontram-se vários motivos de visita, bons exemplos da arquitetura religiosa e civil dos tempos áureos da vila.

Na gastronomia local, destaca-se a caldeirada de peixe da Lagoa de Óbidos, ainda melhor se acompanhada pelos vinhos da Região Demarcada do Oeste. Outra atração é a célebre Ginjinha de Óbidos, que se pode apreciar em vários locais, de preferência num copinho de chocolate.

Não muito longe, fica o extenso areal da Praia d’El Rey, onde os golfistas podem apreciar um campo de golfe com vista para o mar atlântico. Passando a cidade das Caldas da Rainha, cuja história também está ligada à Casa das Rainhas, encontra-se a praia da Foz do Arelho, ligando a Lagoa de Óbidos ao mar. Um bom local para um almoço de marisco e peixe fresco ou para um fim de tarde ao pôr-do-sol, à beira-mar.

The mediaeval town of Óbidos is one of the most picturesque and well preserved in Portugal.

Quite close to the capital and located on high ground near the Atlantic coast, Óbidos has had a strategic importance in the territory. It had already been settled prior to the Romans’ arrival in the Iberian Peninsula, and the town prospered after being chosen by the royal family. King Dinis offered it to his wife, Queen Isabel, in the 13th century, and it became part of Casa das Rainhas (Queens’ Estate), who improved and enriched it throughout the various dynasties. This is one of the main reasons for the high concentration of churches in this small place.

You will find a well preserved castle within the walls, and a maze of streets and white houses that are a delight to stroll amongst. Along with the Manueline porticoes, the colourful window boxes and the small squares, many fine examples of religious and civil architecture from the town’s golden days provide a host of reasons for making a visit.

The local cuisine features bouillabaisse made with fish from the Óbidos Lagoon, which will taste even better if accompanied by the wines of the region of Oeste. Another attraction is the famous Ginjinha de Óbidos (sour cherry brandy), which can be enjoyed in various places, preferably drunk from a small chocolate cup.

Not far away, is the long stretch of sand of the El Rey Beach, where golfers can revel in a golf course with a view over the Atlantic Ocean. Beyond Caldas da Rainha, whose history is also linked to Casa das Rainhas, you will find the beach of Foz do Arelho, which links the Óbidos Lagoon to the sea. This is a wonderful spot for a seafood or fresh fish lunch or for a late afternoon by the sea watching the sunset.

dISTANCIA DOS MONUMENTOS

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